Por Shirlei Ale
03 jun. 2020
Os estudantes brasileiros da rede pública já enfrentam várias adversidades quanto ao acesso, a permanência e a qualidade de ensino ofertada por esse sistema algo que se acirrou ainda mais com o fechamento das escolas por conta da medidas de contenção da pandemia de Covid-19.
Aulas estão paradas desde março, embora o MEC tenha autorizado o ensino remoto para todos os níveis da educação desde abril alguns estados só conseguiram se organizar para começar esse trabalho com os estudantes em junho. Apesar destas aulas ocorrerem atropeladas, sem a devida formação e não atendendo a todos os estudantes o MEC permitiu, a partir do parecer emitido pelo CNE que essas aulas à distância sejam consideradas como carga horária.
A gente aqui em São Paulo solta um, ufa! O empenho dos professores e da equipe gestora para se formarem e formarem seus estudantes tem sido árduo e isso não ser considerado era para acabar com a saúde desses peões.
Além de São Paulo 16 outros estados que planejam considerar atividades remotas como carga horária do ano letivo – equivalendo-as às aulas presenciais: AC, AP, AM, CE, GO, MA, MG, MS, PB, PR, PI, RN, RS, RR e SC. Os demais poderão utilizar os sábados e as férias de janeiro para fecharem o restante de horas que faltarem.
Como esse governo não está afim de promover nenhuma diminuição de desigualdade e avanços na equidade suspendeu do parecer da CNE o seguinte trecho que trata sobre avaliações:
“É importante garantir uma avaliação equilibrada dos estudantes em função das diferentes situações que serão enfrentadas em cada sistema de ensino, assegurando as mesmas oportunidades a todos que participam das avaliações em âmbitos municipal, estadual e nacional.”
Parece que a suspensão do ENEM ainda não foi superada pela cúpula do MEC.
Presente, querida professora 